O Poeta Louco
O poeta louco
Cada vez quer mais
Um pouco
E nunca fica satisfeito
E cada vez fica mais
Louco
Pouco a pouco
Vai acabar
Numa camisa de força
Em um hospício qualquer...
Cris
Talvez os loucos os puros de coração
Entendam-me
Talvez os loucos os puros de coração
Não me entendam
E daí?
Mas o que pode haver de mais puro
Do que ser louco?
Cris
Não sou louco
Ainda não
Ou melhor, acho que não
Não tenho e nem quero
Ter certeza absoluta de nada.
O que quero é apenas viver...
Amar beber e cantar...
Também não quero terminar
Meus dias terrestres
Numa camisa de força
De um hospício qualquer.
Podes crer gata!
Cris
Vou terminar
Isto é:
Talvez sim!
Talvez não?
É com o pescoço
Na forca.
(Cristina Serakides/Tom Vital/18/03/1983)
baudelaire, rimbaud, paul verlaine,
ResponderExcluira loucura santa da poesia de numa clepsidra á base de cachaça.
o tempo é o bumba meu boi