sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Poeta Louco

O Poeta Louco


 

O poeta louco

Cada vez quer mais

Um pouco

E nunca fica satisfeito

E cada vez fica mais

Louco

Pouco a pouco

Vai acabar

Numa camisa de força

Em um hospício qualquer...


 

Cris

Talvez os loucos os puros de coração

Entendam-me

Talvez os loucos os puros de coração

Não me entendam

E daí?

Mas o que pode haver de mais puro

Do que ser louco?


 

Cris

Não sou louco

Ainda não

Ou melhor, acho que não

Não tenho e nem quero

Ter certeza absoluta de nada.

O que quero é apenas viver...

Amar beber e cantar...

Também não quero terminar

Meus dias terrestres

Numa camisa de força

De um hospício qualquer.

Podes crer gata!


 

Cris

Vou terminar

Isto é:

Talvez sim!

Talvez não?

É com o pescoço

Na forca.

(Cristina Serakides/Tom Vital/18/03/1983)

Um comentário:

  1. baudelaire, rimbaud, paul verlaine,


    a loucura santa da poesia de numa clepsidra á base de cachaça.

    o tempo é o bumba meu boi

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