segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Porra-Louca

Porra-louca
Era dia de Carnaval
Maravilhosos anos oitenta
Quando,Você ...
Caiu na minha vida.
De ponta-cabeça, feito
Um ganso na pintura
De Jakuchu.
Você caiu na minha vida
De ponta cabeça
Feito um dardo lançado
Pelo destino rumo
Ao desconhecido.
Você fumava umzinho
Envolto em seda branca.
Quando me aproximei,você
Ofertou-me:" Vá,dá um tapa,ai..."
Em troca estendi-lhe:
O meu Jack Daniels.
Que você bebeu avidamente.
Mas o que me enlouqueceu
Foi aquele seu shortinho
Branco que depois...
E durante três dias intensos...
Você usou e tirou,somente,
Para o meu deleite.
Você foi a minha porra-louca
Era você e eu
Eu e você.
Estrelas que Brilham
Galos de briga.
Mas depois você voltou
Para Diamantina.
Enquanto continuo aqui
Na minha BH querida.
Queria te encontrar
Apenas mais uma vez
Para matar a saudade
Eu mataria a sua sede
E você mataria a minha sede.


Copyright©  Tom Vital/1992
Foto Da Internet

sábado, 19 de dezembro de 2015

Um Certo Natal




            Um Certo Natal

O Menino Deus ficou esquecido dentro do carro,
No estacionamento do Shopping Center.
O burro pasta, tranquilamente
Na relva fresca e macia,
No quintal da casa da casa do Tom Vital.
A Estrela de Belém caiu num poço
Em pleno deserto e se apagou.
Os Reis Magos foram aprisionados
E depois degolados,pelos fanáticos do ISIS.
J e M,foram cear em casa de parentes.
E o poeta autor desses versos.
Sozinho, em plena noite de Natal
Entorna a quarta dose de absinto,
Presente do pezinho de anjo.
E escuta pela enésima vez
The End,na voz de,Jim Morrison.

Copyright© Tom Vital /2015

domingo, 8 de novembro de 2015

O Poeta Mississi

O Poeta Mississi 

                                       (Para O Tonico Cruz)
                                                                                           Swordfish peixe-espada                                               
Dona maluca
Eu sou o cara
Aquele futuro
Estudante de química.
Que lhe deu um banho de breja.
Lá no Bar do Careca,nos bons tempos
Do Antonio Carlos.
Por se negar a dançar comigo
Quando o único par que restava
Era justamente nós dois.
E depois feiamente 
Tristemente chamou o juca
Antes de apagar de vez
E só acordar alta madrugada
Ridiculamente deitado entre as cabras
Do nosso trabalho de ciências.

Paradise Paraíso
Vida sem Juízo.
Nunca diga não
Meu Irmão
Meu Camarada:
Mundo Cão!

O chão não sai do chão.
O céu é pura ilusão.
A humanidade nunca saiu do lugar
A evolução humana é pura ficção
O Homem tecnológico.
E perfeitamente igual
Ao Homem das Cavernas.
Capitalista Não Tem Coração
No lugar do coração
Capitalista tem Cifrão.
Já Dizia o poeta Mississi
Nos seus tempos de boêmio
Da velha Lagoinha.
Quando ele contemplava o Arrudas
Sonhando com o Mississipi.
Cheirando uma pura colombiana
E ajudando o folclórico Cintura Fina
Seu mestre de capoeira
A dar um coro nos meganhas.

Não tenho medo
Não tendo tempo para sentir medo.
Não tenho tempo para nada
Não tenho tempo para nado
Vivo sempre Ligado
Sempre Plugado
No Twitter e no Instagram
No WhatsApp e no facebook
Nao tenho tempo nem para discutir
A nossa relação.
Meu Tempo é escasso
Tão escasso
Que não tenho tempo
Para reler uma obra prima
O bestseller
Do poeta Mississi
"Sobre Rodas Sobre Trilhos
Rumo Ao Matadouro".

Copyright © Tom Vital / 08/11/2015

























sábado, 25 de julho de 2015

                     APENAS UM MOTE
Se pintar o capim de vermelho
O burro morre de fome.
Acha que é popular
Só porque sabe pular
E bater palmas.
Bate palma com as orelhas
E ainda acha graça
Quando alguém faz alusão ao fato.
A poesia nunca é vulgar
Você pode ser vulgar
A poesia não.
A poesia sempre encontra o seu lugar.
Talvez eu queira a morte
Talvez eu queira a sorte
Talvez eu queira apenas
Um mote para compor
Um novo poema.
Talvez eu queira o mate
Talvez eu queira a erva
Talvez apenas a boa cachaça mineira
Baste nessa noite fria de outono.
Talvez eu queira a Eva
Talvez eu seja apenas Adão peladão
Vagando livre pelo paraíso.
Talvez eu queira apenas
Ir para Ipanema.
Encontrar Helena:
A minha sombra é a minha morte
A minha morte é a minha sombra
A minha morte me assombra
Assombra-me a minha morte.
Quem viu, quem sentiu, meu pau
Na posição eleitoral?
Com certeza foi feliz.
Menos bala mais amor.
Fizeste o que Deus
Mandaste Deusdete?
- Sim meu poeta, acabei
De mostrar-lhe o paraíso,
Ou você não está contente?
Disse-me a gata, na última vez
Que nos amamos,
Num motel barato
Da rua dos Caetés.
Deus grande, praia grande...
Deus sou pai e a solidão!
Deus sou filho e a contramão!
Queria crer e não creio em nada.
Não quero nada que  me bota freio.
Neva, fogo no paraíso
Quando você perde o juízo, fulana.
Não acredito no que vejo
Acredito apenas no que sinto
Ou no que pressinto
A fonte da juventude é um engodo
A da cerveja grátis nem tanto.
O diabo é o pai do rock
Eu nunca andei ao seu lado
Talvez por isso não faço parte
Do clube dos vinte e sete
Mas ele  também não me deu nenhum toque
Tô fora bicho!

Copyright© Tom Vital/2015

sábado, 31 de janeiro de 2015

Quando


                                 
                           Quando  


Quando o tempo
pede ajuda ao vento 
para se deslocar.
Eu tenho que economizar
trinta por cento
no consumo
da minha conta de água
para que a Copasa,possa ,
desperdiçar à vontade...
 Quando o tempo 
 pede ajuda ao vento
 para se deslocar .
 Eu chego a acreditar
 Que é o fim.
  E canto...Ideologia!
  Quero dá uma,   
  apenas uma... 
  Na Gisele...    
  Antes de morrer.
  
₢ Tom Vital/31/01/2015