quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Fiu,Fiu!

Fiu, fiu!
Fiu, fiu!
Fiquei fissurado na sua bundinha
Loirinha escandinava linda do metrô.
Vestida com o short branco esconde quase nada.
Baile Funk quem gosta vai
Quem come pouco fica em casa.
Viajando na sua onda,
Senti-me como Daniel na Cova dos Leões,
Cheio de desejos pensando em
Rever Sarah Jane.
A bailarina Black Power
Que ele conhecera na corte 
Da Rainha de Sabá.
Fiu, fiu!
Mais que onomatopéia de assovio.
Fiu, fiu!
É o som do meu desejo.
Ou o som da minha admiração.
Embora hoje em dia,
A chatice politicamente correta
Reprove o uso do:
Fiu, fiu!
Tenho senso crítico para saber
Que não pega nada bem.
Um Tiozinho de cinquenta anos
Ficar assobiando pra mulherada bonita na rua.
Mas quando jovem fiz muito uso do,fiu,fiu!
E sabia respeitar a reação das mulheres.
As vezes um sorriso,um xingamento,
Ou apenas cara amarrada.
Mas sempre levei na boa.
Sabia ganhar ou perder...
Fiu,fiu!
Copyright©Tom Vital/27/12/2018

Link do Youtube.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Ressaca Eleitoral

imagem da internet
Ressaca Eleitoral
Segunda-feira braba pós- ressaca eleitoral
Da vitoria de Bolsonaro à presidência.
O poeta seguia no ônibus lotado,
Horário de rush.
Ônibus do povão, no ar cheiro de murrinha
Cecê, álcool, mau hálito e, cheiro de marmita
Misturado a todo tipo de perfume, caro e barato.
Ônibus do povão com as janelas todas fechadas
E o ar refrigerado estragado.
O poeta seguia para o seu trabalho,
Com sua inseparável bolsa de couro legitimo a tiracolo
Bolsa de “estudante de humanas da USP“.
Bolsa que o acompanha faz mais de vinte anos.
É necessário aqui declinar o nome do poeta
Para que ele não venha a ter complicações...
O poeta seguia no ônibus lotado
À sua frente quase que o beijando,
Quase que o encochando, seguia
(De tão lotado que o ônibus estava)
Uma jovem morena de faces acaloradas
E que vestia uma camiseta de uma faculdade particular
- O poeta então lhe perguntou: “Você faz Direito?”
Sim faço direito! Respondeu lhe a Jovem a sorrir.
E logo em seguida perguntou lhe com um sorriso
“De malicias nos lábios:” Você também faz direito?”
- Sim eu também faço direito. Disse-lhe o poeta.
- Então vamos cair fora daqui. Desse buzão maluco!
Na parada seguinte o poeta e a jovem desembarcaram
Daquele ônibus lotado.Ainda que não fosse o ponto deles.
E foi então que naquele dia o poeta não foi trabalhar.
Às vezes a sorte sorri para o poeta.

Copyright ©Tom Vital/26/12/2018

Urubus

  Urubus
Eu vi um casal de urubus
Copulando no lixo...
Quando criança eu assisti um casal de urubus
Despencando do céu em queda livre
E só se desgrudarem um do outro
Quando estavam próximos do solo.
Desde então pensei que eles apenas copulassem
A máximas altitudes.
E se deixavam cair em queda livres
Como se fossem camicases ,
Como se fossem suicidas
Por isso fiquei impressionado quando os
Vi ali copulando no lixo.
Quando estava a uns cinco metros dos dois
Eles se transformaram num belo casal afro
Orfeu e Eurídice e me sorriram como a
Convidar-me para a orgia
Mas como não cedi à tentação e continuei
O meu caminho.
Eles voltaram rapidamente a ser apenas
Um casal de urubus copulando no lixo
Luxuria e lixo se misturando.
Eu vi um casal de urubus copulando no lixo.

Copyright© Tom Vital/27/12/2018

Imagem da internet

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Miscelânea Poética

Miscelânea Poética
Cinqüentão, cheio de disposição
Mais do que nunca tenho pressa em viver.
Ainda quero beijar mil bocas,
Apalpar mil bundas
Acordar em mil camas diferentes
Antes do dia do juízo final.
Divas vão divas vem.
Dias vão dias vem
Luz e trovão.
Minha mente quer pari-lo
Mas não consegue...
Tenho um poema engastalhado
Como areia no rolimã
No meu carrinho de guia
Nos tempos de crianças.
Em criança, quando outro menino
Chamava-me de viado. Eu respondia:
”Viado é rolimã, comi você e a sua irmã! ’
Teoria das merdas.
Somos todos humanos
Quando estamos sentados no vaso.
Em tudo está meu fim.
No principio está embutido a ruptura.
Não busco a totalidade, mas o meio.
Tempo é corrente que mata gente
Quem tem medo sai da frente.
Mas correr para onde?Se não temos para onde fugir?
Dos doze aos dezenove anos eu era Office-boy.
Agora meu oficio diuturno, meu ócio, é nomear
Dar nome aos gatos, aos sapos,
Aos patos, aos bois.
Rubizé é o nome da tartaruga da menina Erica.
O cachorro da Bruna se chama Jão
A calopicita do Rafael Vital é a Branquinha
O porquinho do Israel é o Pitoco.
Cacique é o nome do cavalo que meu pai deixou.
Catarina era a mula pelo de rato que ele tinha
Quando eu era menino.
Jack Onassis era o nome da gata de Geninha
Minha amiguinha imaginária da infância.
Nossa Amizade é o nome do meu pinto.
O tempo não para, o tempo voa, ou melhor, 
Voamos pela vida feito folhas soltas no outono,
Encardidas levadas pelo vento.
Enquanto o tempo segue o seu rumo,
O seu destino implacável e indiferente.
Diga rápido nomear não é mar nomear não é mar.
O meu ZAP é meia meia zero meia
Tapa na orelha.
Hoje é domingo. Domingo de OuTomno.
É domingo que pede cachimbo.
Lembrei-me que na infância havia
O seu Benardo, um preto velho
Quase centenário. Velho benzedor
Mamãe sempre o chamava para curar 
A criançada lá de casa.
Suas especialidades eram: mau-olhado
Espinhela caída, quebranto e outras mazelas.
Desprezadas pela medicina tradicional.
Mas o que ficou na minha memória
Foi a sua imagem de bom velhinho.
E o cheiro fedorento do seu cachimbo,
De fumo barato.
A minha relação com a morte é bem tranqüila.
Espero até mesmo que ela se esqueça de mim.
Quando a minha hora derradeira chegar...
Ontem E vi a morte eu vi o norte,
E vi você achar bonito
Uma bala espetada no palito,
E se maravilhar com uma
Antiga lata de doces.
Eu vi a chuva cair intensamente
E a minha Amiga S... Dançar na chuva
Até cheguei a acreditar que a chuva
Lavava os nossos pecados
Seja lá o que for isso.

Copyright© Tom Vital/17/06/2018
Foto Da Internet


domingo, 19 de agosto de 2018

Prazer

No corpo da amada
exploro e decoro
suas cavidades...poéticas
ou não...
e a cada toque 
feito com maestria...
seus gemidos...seus gritos...
seus espasmos...
é música para os meus ouvidos.

Sou Ulisses na Ilha de Capri
Amarrrado  ao mastro do navio
ouvindo o canto da sereia...

me chamar
e levando á loucura
um lobo faminto
e ávido de receber
e dar prazer...
Auuuuuuuuuuuuuuuu!
Tom Vital/19/08/2012 imagem da internete.

domingo, 5 de agosto de 2018

Bângui Jâmpim


Bângui Jâmpim
Embora curvilíneo
Teu corpo
Tem aclives e declives
Que me enlouquecem.
Exploro decoro
E devoro.
A geografia selvagem
Do teu corpo...
Depois você
Me oferece
O abismo
E me ampara
Na queda.
Copyright© tom vital/1992
Imagem Da Intenet

Velho Babão


Velho Babão.
Pagou a conta do bar em dinheiro vivo.
E acendeu o desejo e a cobiça da pilantra
- Seu Zé tá com a grana preta!
Foi o que deduziu a periguete Monaliza
(ex-passista de uma escola de samba de BH)
Ao ver o velho babão retirar e depois guardar
No bolso das calças um belo maço de notas,
De onde sacara uma nota de cem reais
Para quitar a comanda.
O velho era babão e também atrevido:
“Olha menina eu lhe pago bem pra Você
Ficar comigo. Mas desde já eu quero que você, saiba que,
Bu... Tem é fama. Cookie é que é bom! Eu gosto é de um cuzinho.
Eliza, a periguete perola negra fingiu concordar e saiu do recinto
Em companhia do Velho Babão...
Dia seguinte: O velho foi encontrado,
Em um beco sujo, estirado,
Com as calças arriadas e a garganta cortada.
Eliza?
Eliza picou a mula.
Sumiu no mato.
Copyright© Tom Vital/25/05/2017

Folhas soltas

Folhas Soltas

Eva foi clonada da costela de Adão
Eva foi a primeira ovelha Dolly
Se Eva era Dócil?
Apenas Adão tem a resposta.

Minha porção mulher
É sapatão e não tenho,
Bronca nenhuma com isso.

Deus me dá um verso simples!
Tenho trinta e quatro anos
O resto eu mesmo invento.
Deus me dê saúde e grana
Só um pouquinho de dinheiro
Mulher bonita eu mesmo arranjo.
Tenho bom gosto.
Mas bom gosto.
Qualquer gato vira-lata tem.

No principio era o verbo
No principio era o verso
Ou melhor:
No principio era somente eu
Depois você me apareceu
E o seu... É meu... Só meu
Sem trocadilhos.

Eu não sou o tom da voz
Não sou o tom da musica
Sou o tom destoante
Sou o tom da poesia
Sou o tom da Ré
Sou o tom vital.

O Mar Egeu
O mar é meu
O mar é seu
O mar é nosso.
O mar elegeu
Você minha egéria
Ariana linda.

Quando é carnaval renovo a alegria 
Recarrego a bateria
Bebo todas e saio na Banda-Mole
Vestido de mulher
(De cara limpa não dá pé).
Mas orgulhosamente sou heterossexual.
Desgraçadamente infiel e doce como o mel
Não resisto a um sorriso  fácil,
A uma perereca a um rabo de saia.  Imagem da internete.
Mulher é bom demais tenho três e quero mais.

Copyright©Tom Vital/16/10/1999)


sexta-feira, 1 de junho de 2018

Pato Badu

Imagem Da Internete


Pato Badu
Língua de Camões
Pele de camaleão
Sou eu Belchiornista!
Se não quiser andar comigo.
Solte a minha mão
larga do meu pé...
Sei me virar sozinho.

Era uma vez um Pato preto
Um Pato Andu
Um Pato Badu?

Em busca do sol.
Tomei cachaça, Brahma,
E Skol
Mas encontrei apenas chuva.
A vida é um conto de fodas
Mas é preciso demarcar fronteiras:
Distante machuca
Perto demais sufoca.
Sou Antônio
Sou Outomno
Sou autônomo.
Poeta Amador.
Não sou solitário
Quando é preciso me basto a mim mesmo.
Chamo a isto ser escritor.
Não é preciso ser o Super-homem
Quando se é casado com a Mulher-maravilha.
Sou tímido e amoral.
Sempre andei sozinho
Quem vai no bolo é fermento.

O pato Preto
O pato Andu
O pato Badu
Flutuava sempre livre e solto
Pelas águas  turvas do Ribeirão Da Mata
Era um pato solitário
Nunca vi ali nenhum outro de sua espécie.
Mas num dia comum de domingo
Quando eu fazia a minha caminhada matinal
Nadou imprudentemente até a ponte dos
Cachimbos de alumínio
Um grupo de moradores de rua,noiados,
Fumadores de Crak que vive
Embaixo de uma ponte em Vespasiano.
Vi o grupo cercá-lo com a ajuda de Lilica
Uma cachorrinha vira-lata e capturá-lo
Dentro de uma gaiola.

Pobre pato Badu cozido com feijão guandu
Virou almoço de domingo,
Regado a vinho barato.
Meu coração bebe cachaça
Minha alma vomita sangue,
Cruz-credo!
Dizem que é cirrose do espírito.
Pato Badu não quero morrer em Vespasiano
Quero findar meus dias num sitio lá em BH

Copyright© Tom Vital/22/02/2011

domingo, 27 de maio de 2018

Fetiche

 Foto da internete.

                                         

(Para S.P )
           Fetiche

Os teus pés,Gata!
São estética e anatomicamente perfeitos.
Eles foram cinzelados com apurado
Esmero...
São verdadeiras obras de arte,
Que nem mesmo mestres como
Rodin e Michelangelo seriam
Capazes de reproduzirem com
A mesma maestria do artista divino.
São puros e belos como os pés de uma santa
Quando os vi ali pela primeira vez
Fora do calçado... Não fosse a impropriedade
Do local e do momento teria me ajoelhado
E os beijado como se beija os pés
De uma dama, de uma deusa.
Os teu pés ,Gata!Tocaram-me todos os sentidos
A alma, o espírito, a libido...
Oh!Meu Deus. Encantei-me de uns pés
E de sua dona.
Oh! Meu Deus enamorei-me de uns pés
E de sua dona.
Seus pés minha cara são:
O opus magnum perfeito.

Copyright© Tom Vital/27/05/2018

domingo, 20 de maio de 2018

Pra Você...

               
          Pra Você...



Sua boca é doce é bela
como uma folha de outono
onde tem início a alegria
o festim,a colheita da uva.
Sua ilha de java,
uma cachoeira de águas quentes
onde o sonho é tão real
que parece coisas de encantamento
feitiçaria,bruxaria,mas tudo
magia branca
ondas boas...
E quando acordo
no dia seguinte
sem você deitada ao meu lado,
parece que foi sonho
o que era tão real.
Copyright₢ Tom Vital/20/05/2012
Foto Da Internete.