sexta-feira, 1 de junho de 2018

Pato Badu

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Pato Badu
Língua de Camões
Pele de camaleão
Sou eu Belchiornista!
Se não quiser andar comigo.
Solte a minha mão
larga do meu pé...
Sei me virar sozinho.

Era uma vez um Pato preto
Um Pato Andu
Um Pato Badu?

Em busca do sol.
Tomei cachaça, Brahma,
E Skol
Mas encontrei apenas chuva.
A vida é um conto de fodas
Mas é preciso demarcar fronteiras:
Distante machuca
Perto demais sufoca.
Sou Antônio
Sou Outomno
Sou autônomo.
Poeta Amador.
Não sou solitário
Quando é preciso me basto a mim mesmo.
Chamo a isto ser escritor.
Não é preciso ser o Super-homem
Quando se é casado com a Mulher-maravilha.
Sou tímido e amoral.
Sempre andei sozinho
Quem vai no bolo é fermento.

O pato Preto
O pato Andu
O pato Badu
Flutuava sempre livre e solto
Pelas águas  turvas do Ribeirão Da Mata
Era um pato solitário
Nunca vi ali nenhum outro de sua espécie.
Mas num dia comum de domingo
Quando eu fazia a minha caminhada matinal
Nadou imprudentemente até a ponte dos
Cachimbos de alumínio
Um grupo de moradores de rua,noiados,
Fumadores de Crak que vive
Embaixo de uma ponte em Vespasiano.
Vi o grupo cercá-lo com a ajuda de Lilica
Uma cachorrinha vira-lata e capturá-lo
Dentro de uma gaiola.

Pobre pato Badu cozido com feijão guandu
Virou almoço de domingo,
Regado a vinho barato.
Meu coração bebe cachaça
Minha alma vomita sangue,
Cruz-credo!
Dizem que é cirrose do espírito.
Pato Badu não quero morrer em Vespasiano
Quero findar meus dias num sitio lá em BH

Copyright© Tom Vital/22/02/2011