domingo, 19 de dezembro de 2010

O Poeta

O Poeta


 


 

O engraxate, o poeta e o Titanic afundam

Só as merdas bóiam.

Na madrugada gatos eufóricos

Badernam nos quintais.

Quebrando o derradeiro silêncio da noite.

Namorados ousados trepam e se estrepam

Trepados nos telhados.

Arranha-céus de vidro

Brilham sob a luz dos relâmpagos.

Orgasmos vulcânicos rasgam

O ventre da mãe terra

Abrindo inomináveis crateras lunares.

E o poeta depois de uma noite de orgia

Embalada pela fada verde

Desce do seu pedestal

Para ganhar o pão de um novo dia.


 


 

©Tom Vital/2008

www.tomvitalabsinto.blogspot.com

3 comentários:

  1. Oi, Tom!
    Estou aqui navegando em águas "passadas". Sempre muito bons são os seus textos. Este jogo de palavras fez minha cabeça. Adorei!
    Escreva sempre, sempre...

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  2. Oi, Tom!
    Tudo bem?
    Gostei desse poema, posso publicar no meu blog?
    Eu excluí a minha conta do face book, pra vc se comunicar comigo pode me enviar um e mail: arteholistica@bol.com.br
    Vou aguardar sua autorização, ok?
    Um abraço!

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