quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Estranho Gozo


Estranho Gozo
Quando escrevo um poema

Na primeira pessoa

Tenho a nítida sensação

De ser um ilusionista

Que se ilude com o próprio número.

Então porque será? Que continuo

A escrever na primeira pessoa!

É que... Deixa pra lá...

Explicação demais estraga o poema!

Só sentia solidão quando batia:

"Uma puneta."

Como diz um amigo meu

Lá dos grotões aqui das Gerais.

Bater "puneta" me causa asco

É como se estivesse agredindo

Violando o próprio corpo.

Deve ser por isso que essa noite

(Após uma semana sem uma companheira)

Ejaculei durante o sonho

E os diamantes ejaculados

Foram diretos para a cova profunda.

Profana xana

Da prostituta de Babilônia.

A mulher milenar de cabelos brancos

Caquética esquelética e purulenta.

A mulher de púrpura da Bíblia.

E larvas e vermes subiram

Pelo meu saco

Enquanto a distinta dama

Passava aquela língua murcha

E ácida pelos meus lábios...

Acordei! Mas já era tarde

Estava todo molhado

A calça (do meu terno) de linho branco

Presente de Ano Novo, manchada.

Mas é melhor bater uma "puneta"

Que transar com tal criatura.

Copyright©tom vital/14/01/2012

Um comentário:

  1. sonho meu, sonho meu...

    e deixem os purtugais morrerem a mingua,

    minha puneta é minha vidaaaaaaaaaaa

    viva augusto dos anjos..

    poema doido, sô. esse tom é lissergia ambulante...

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