Estranho Gozo
Quando escrevo um poemaNa primeira pessoa
Tenho a nítida sensação
De ser um ilusionista
Que se ilude com o próprio número.
Então porque será? Que continuo
A escrever na primeira pessoa!
É que... Deixa pra lá...
Explicação demais estraga o poema!
Só sentia solidão quando batia:
"Uma puneta."
Como diz um amigo meu
Lá dos grotões aqui das Gerais.
Bater "puneta" me causa asco
É como se estivesse agredindo
Violando o próprio corpo.
Deve ser por isso que essa noite
(Após uma semana sem uma companheira)
Ejaculei durante o sonho
E os diamantes ejaculados
Foram diretos para a cova profunda.
Profana xana
Da prostituta de Babilônia.
A mulher milenar de cabelos brancos
Caquética esquelética e purulenta.
A mulher de púrpura da Bíblia.
E larvas e vermes subiram
Pelo meu saco
Enquanto a distinta dama
Passava aquela língua murcha
E ácida pelos meus lábios...
Acordei! Mas já era tarde
Estava todo molhado
A calça (do meu terno) de linho branco
Presente de Ano Novo, manchada.
Mas é melhor bater uma "puneta"
Que transar com tal criatura.
Copyright©tom vital/14/01/2012
sonho meu, sonho meu...
ResponderExcluire deixem os purtugais morrerem a mingua,
minha puneta é minha vidaaaaaaaaaaa
viva augusto dos anjos..
poema doido, sô. esse tom é lissergia ambulante...