domingo, 8 de janeiro de 2012

Finados

Finados


 

Enterro os meus mortos profundamente

Trago uma urna funerária

Dentro do peito

Onde enterro os meus mortos

Profundamente... Profundamente...

(Visitando-os apenas em ocasiões solenes)

E procuro aproveitar a vida intensamente.

Meu ser é muito frágil

Para carregar fardos inúteis.


 

Não tenho medo da morte.

Temo a velhice:

Ficar um velho chato senil

E carregar fardos...

Inúteis lembranças

Viver de sombras do passado

Até meu ser se findar.


Isso não quer dizer

Que eu não tenha respeito

Não tenha carinho pelos velhos

Muito antes pelo contrário

Só espero não ficar centenário.

Copyright©Tom Vital/02/11/2011

3 comentários:

  1. Ei Tom, que bom vê-lo, é como conhecer pessoalmente rsrsrs, as fotos nos transportam para bem perto de quem parecia bem distante.

    Quanto ao seu poema eu também não tenho medo da morte, temo mesmo é a velhice, as rugas, as limitaçoes, eu amo os velinhos e amo ajudá-los, mas sei que tem muita gente que não está nem aí e a ideia de envelhcer nesse mundo tão cruel não é lá muito atrativa.

    Bom quanto ao sumisso eu me desculpo rsrsrs sei que isso não é desculpa de poeta, mas eu andei muito ocupada, nossa nem tenho conta das milhares de palavras que vinham na minha mente como enxurrada eu não tinha como anotar, nem no celular e depois não tem jeito, quando a poesia vem você tem que fazer na hora ´por que nós sabemos como ela é caprichosa, depois só volta quando quer. E aconteceu tanta coisa (boa) nessa minha vida, estou colocando tudo nos eixos de novo, mas eu não pretendo sumir mais não, estou com outro blog agora, é mais direcionado para o público feminio, mas eu gostaria que você desse uma olhadela, você é um ótimo crítico e a sua opinião é indispensável, o link é esse: http://super-sedutora.blogspot.com espero você lá.

    Abraços amigo.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. eleonor rigby colhe o arroz que cai no chão, nos dias de casamento.
    no final ela morre e ninguém chorou por isso.

    de onde vêm tantos solitários...?

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