Poema De Um Tempo Passado
A chuva caia lá foraO poema bateu na janela
A chuva caia lá fora
Abri a janela
A chuva caia lá fora
O poema entrou
A chuva caia lá fora
Fechei a janela.
A chuva caia lá fora
O poema se alojou
No papel em branco
Da máquina de escrever...
A chuva caia lá fora
Tai veio lá da cozinha
E se abaixou para apanhar algo no chão
Vi sua calcinha preta no rego rosa da bunda...
Meu irmão,meu melhor amigo
Eriçou-se todo.
A chuva caia lá fora
Tai esticou uma ganja
A chuva caia lá fora
Tai acendeu a ganja
Com a bituca de um cigarro
Sem filtro.
A chuva caia lá fora
Tai deu um tapa na goiaba
E me repassou...
A chuva cai lá fora
Tai sentou no meu colo.
A chuva caia lá fora
A minha mente se anuviou
E desviou-se do poema...
A chuva caia lá fora
As letras da máquina e as palavras
Do poema se embaralharam.
A chuva caia lá fora
Tai começou a cavalgar no meu colo.
A chuva caia lá fora
Fiquei tão leve
Que não me lembro de mais nada
Apenas que a chuva caia lá fora.
Copyright©Tom Vital/05/11/1984
Rsrrsrs Tom e seus poemas de triplo sentido, amei esse amigo, sempre com sua pitada pornografica, natural para os machos rrsrsrs, eu particularmente detestfo dias de chuva e nesses nunca rabisco uma palavra sequer, apenas o sol me inspira par aalgo (que eu acho) qque presta.
ResponderExcluirMuita saudade dos seus poemas Tom, desculpa por eu estar tão sumida, volto o mais breve possivel.
Abraço.
aí boa: lembrou bandeira
ResponderExcluirA tarde cai, por demais
Erma, úmida e silente...
A chuva, em gotas glaciais,
Chora monotonamente.
E enquanto anoitece, vou
Lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó.