Versos A Uma
Garçonete
Era noite de lua cheia
Auuuuuuuuuuuuuuu!
Quando tudo começou
Quando lhe abri meu coração
Após um ano de insônia e tortura
Era um domingo, cinco de abril
E estávamos num churrasco
Entre falsos amigos:
Ela apenas disse-me assim
- Poeta um dia eu te amarei?
Quem sabe?
Mas quero que você me faça
Essa declaração amanhã.
Quando estiver sóbrio.
Como você bem sabe
Tenho marido e filho.
A meia-noite quando ela aparece
Meio bêbado, meio lobo, muito louco
Solto meu estridente uivo
Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!
Que, entretanto, é abafado
Pelo som da mecânica música.
Ela é apenas uma garçonete
De restaurante noturno
Dama-da-noite flor amorosa
Mas com que encanto ela desliza
Flutuante entre as mesas do salão
Quando traz a bandeja
Com o vinho e a porção
De provolone.
Sinto o feitiço:
Em suas mãos
Em seu sorriso
Em seus cabelos.
A garçonete Maria Mariana
Me seduz, mas não sei se é
De ingenuidade, ou de malicia.
Mas sei que ela me seduz
Com seu jeito dissimulado
De atriz no palco
Quando as luzes se acendem
Fantasia de verdade
Que me deixa louco
Que me deixa bobo.
Oh! Garçonete Maria Mariana
Faça de mim segundo a sua vontade
Deixa eu ser joguete
Deixa eu ser brinquedo
Marionete em suas mãos.
Auuuuuuuuuuuuuuuuuuu!
Oh! Garçonete Maria Mariana
Se mil reais eu tivesse
Mil reais eu lhe daria
Só para chupar a sua xoxota.
Traga-me a felicidade,
Mas como eu tenho pouca grana
Apenas a grana do motel
Deixa eu chupar a sua buceta
De graça mesmo.
Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!
Copyright© tom Vital/22/02/1994
Foto da internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário