domingo, 15 de novembro de 2020

Versos A Uma Garçonete


 

Versos A Uma Garçonete

Era noite de lua cheia

Auuuuuuuuuuuuuuu!

Quando tudo começou

Quando lhe abri meu coração

Após um ano de insônia e tortura

Era um domingo, cinco de abril

E estávamos num churrasco

Entre falsos amigos:

Ela apenas disse-me assim

- Poeta um dia eu te amarei?

Quem sabe?

Mas quero que você me faça

Essa declaração amanhã.

Quando estiver sóbrio.

Como você bem sabe

Tenho marido e  filho.

 

A meia-noite quando ela aparece

Meio bêbado, meio lobo, muito louco

Solto meu estridente uivo

Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!

Que, entretanto, é abafado

Pelo som da mecânica música.

 

Ela é apenas uma garçonete

De restaurante noturno

Dama-da-noite flor amorosa

Mas com que encanto ela desliza

Flutuante entre as mesas do salão

Quando traz a bandeja

Com o vinho e a porção

De provolone.

 

Sinto o feitiço:

Em suas mãos

Em seu sorriso

Em seus cabelos.

 

A garçonete Maria Mariana

Me seduz, mas não sei se é

De ingenuidade, ou de malicia.

Mas sei que ela me seduz

Com seu jeito dissimulado

De atriz no palco

Quando as luzes se acendem

Fantasia de verdade

Que me deixa louco

Que me deixa bobo.

 

Oh! Garçonete Maria Mariana

Faça de mim segundo a sua vontade

Deixa eu ser joguete

Deixa eu ser brinquedo

Marionete em suas mãos.

Auuuuuuuuuuuuuuuuuuu!

 

Oh! Garçonete Maria Mariana

Se mil reais eu tivesse

Mil reais eu lhe daria

Só para chupar a sua xoxota.

Traga-me a felicidade,

Mas como eu tenho pouca grana

Apenas a grana do motel

Deixa eu chupar a sua buceta

De graça mesmo.

Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!

Copyright© tom Vital/22/02/1994

Foto da internet


 

 

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