sexta-feira, 27 de julho de 2012

Guerrilheiro Do Amor

Guerrilheiro Do Amor


 

Oi meu chapa

Oi minha cara

Eu sou guerrilheiro

Guerrilheiro do amor

Sou caminheiro

Das estradas tortas do poeta


 

Caminheiro das estradas

Das estâncias do amor...


 

Não trago dor

Trago flores

Não trago discórdia

Trago amor

E compreensão...


 

Por onde passo

Minha bandeira eu finco

Meu destino cumpro com afinco.

Minha metralhadora só dispara versos

E balas de tamarindo...


 

Trago à mão fuzil de flores

E na mochila bombas de amor


 

Guerra não rapaz

Só trago paz.


 

Copyright/Tom Vital/03/05/1983

sábado, 21 de julho de 2012

Esse Tal De Ponto G


Esse Tal De Ponto G
Esse maldito ponto G
Deixa-te louco?
Ingênuo ponto G
Ingênuo é você.
Te deixa estressado
Ingênuo é você.
Esse ponto G causa
De tanto dissabor
Esse tal de ponto G
Causa de guerras
Genocídios infanticídios.
Esse ponto G gera prazer
Gera duvida
O ponto G gera gozo
E também gozação
Esse tal de ponto G
G de Geninha
Meu primeiro amor
Precoce.
G de Geni
G de gemido
Esse tal de ponto G
O elixir da longa vida
A pedra filosofal
Da alquimia sexual moderna.
As pessoas se concentram tanto
Nesse tal de ponto G
Que se esquece de gozar
Como gente normal
No embalo da dança dos corpos
Balé natural.
Querem ouvir espocar de foguetes
Som de guizos
Sentir abalos sísmicos
Terremotos num crescente
Sete oito nove dez
Na escala Richter
E a massa do Galo
Com o Independência Lotado
Gritando gol do Galo
Gol do R 49.
Na hora do gozo a dois.
E preciso entrega total
Sem frescura.
Pois assim é que é bom
Onde está esse maldito
Ponto G?
ABCDEFG...
Isso não me interessa.
Você pode me guiar
E me dizer mulher.
Como é que você gosta.
Ninguém conhece
O seu corpo
Melhor que você.
Por causa desse maldito ponto G
Homens e mulheres lotam consultórios
Mas eu não caio nessa não.
Faço um trato com você
Dou-te prazer
E você me dá prazer
Eu te guio
E você me guia
Assim podemos ser felizes
Felizes mas sem neuras.
Tá combinado?!
Copyright© Tom Vital/24/06/2012

 


 


 


 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Poeta Louco

O Poeta Louco


 

O poeta louco

Cada vez quer mais

Um pouco

E nunca fica satisfeito

E cada vez fica mais

Louco

Pouco a pouco

Vai acabar

Numa camisa de força

Em um hospício qualquer...


 

Cris

Talvez os loucos os puros de coração

Entendam-me

Talvez os loucos os puros de coração

Não me entendam

E daí?

Mas o que pode haver de mais puro

Do que ser louco?


 

Cris

Não sou louco

Ainda não

Ou melhor, acho que não

Não tenho e nem quero

Ter certeza absoluta de nada.

O que quero é apenas viver...

Amar beber e cantar...

Também não quero terminar

Meus dias terrestres

Numa camisa de força

De um hospício qualquer.

Podes crer gata!


 

Cris

Vou terminar

Isto é:

Talvez sim!

Talvez não?

É com o pescoço

Na forca.

(Cristina Serakides/Tom Vital/18/03/1983)

sábado, 7 de julho de 2012

Sonho Quase impossível


Sonho Quase Impossível

 

Quero compor um poema
Que seja como as bombas
De Hiroxima e Nagasáqui
Sim que seja tão devastador
Quanto a bomba atômica
Que deixou a todos atônitos.

 

E que seja fel
Mas que seja mel
Que seja o inferno
E também o céu

 

Quero compor um poema
Que tenha o encanto
Da flor do maracujá
Na haste
Que para dona Dica
Era a mais bonita
De todas as flores.

 

Que faça gozarem
As virgens.
E as beatas e as freiras
Subirem pelas paredes.

 

Quero compor um poema
Que seja um arco-íris
De formas, cheiros
Ritmos sons e cores.

 

Quero compor um poema
Que seja a síntese
De todos os poemas.
Copyright©Tom Vital/23/04/1996