sexta-feira, 29 de junho de 2012

Umas E Outras

Umas E Outras

Caldo de peixe com farinha, pirão

Farinha com ovo frito e pedaços de torresmo

Vira farofa na caçarola ou no prato.

Frango com farofa vela acesa

E um litro de cachaça na encruzilhada

Macumba... Quimbanda...

Nunca tive gonorréia

Gurunorréia nem diarréia poética.

Sou avesso a punheta

E a penduricalhos no pescoço

Nunca carreguei pente no bolso

Também não trago carteira com documentos

Lobo, sempre faminto

Gosto de lamber a presa...

Adoro menininhas levadas

Pra mim quase toda bunda vaga de mulher

É uma vaga bunda à espera de uma rola

Aprendi ainda precoce

Que lugar de brincar

Com mulher é na cama

Não sou baterista

Mas adoro Rock

Se eu fosse musico

Meu lugar seria entre os pratos.

O que faz a cabeça

É a idéia. Uma boa idéia

O que caracteriza o cabelo

É o corte

Mulher esperta adora toque

Toque de classe

Com um pouco de sacanagem.

Malandro essa pedra do capeta

Vai transformar você

Em caveira antes da hora

Quem tritura pedra é britador:

De mandíbula, cônico,

Ou de rolo.

Sou apenas um profissional da química

Mas digo isso com conhecimento de causa

Trato minério há mais de uma década.

Saia dessa rapaz volta pro prato

Volta pro pasto, pro mato

Pra cerva, pra casa

Pra natureza, pro chá verde

Pra cafeína

Afinal segundo a lenda

Foi o comportamento das cabras

Que despertaram nos pastores

Que as apascentavam

O efeito estimulante do café.

Saia dessa Mané

Beba café

Coma mulher

Entre umas e outras

Você vai redescobrir

O bem bom da vida!


 

Copyright Tom Vital/04/09/2011

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Coisa De Doido


Coisa De Doido
A quaresmeira em flor
O zurro do burro
O uivo do lobo
O repouso merecido do guerreiro
Depois da grande batalha
Uma noite de insônia
Em busca dos versos perfeitos
Para terminar o poema
Que há muito tempo o atormentava...
A mulher do faquir
Uma noite de amor
Com a mulher do faquir
Na cama do faquir.
Isso é que é coisa de doido
Trocar o certo pelo duvidoso
Uma noite de amor
Com a mulher do faquir
Na cama do faquir.
O mais louco orgasmo
Que o poeta jamais sonhara.
Então ele voltou para casa
Exausto e cansado
Para os braços da amada
Que o recebeu alegre como sempre
Isso é que é coisa de doido
Trocar o certo pelo duvidoso.
Copyright© Tom Vital/02/06/2012
Foto da Internete.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Minha História



 

Minha História
Quando eu era apenas
Um filhote de lobo
Bem pequenino
Minha pobre mãezinha
Cantava belíssimas canções
Para embalar-me o sono
Minha pobre mãezinha analfabeta
Era uma poeta
Mas eu não sabia disso
Só muito tempo depois de sua morte
Eu soube que quando mocinha
Lá no interior de Minas
Nas noites de festa
E lua cheia
Minha mãe puxava versos
Para que o pai
Um afamado violeiro
A acompanhasse ao violão.
E foi assim que meu pai a conheceu..

 

Quando eu tinha uns três anos
Eu lhe disse: Mamãe me amarre
Aos pés da cama,eu não quero ficar
Gente grande não.
Gente grande é muito complicada!
Minha mãe apenas respondeu:
"Bobagem meu filho
Você tem uma bandeira
Muito bonita
Para carregar:"
E foi da minha pobre mãezinha
Que eu herdei sem saber disso
A bandeira o bastão
Da poesia.
Obrigado mamãe.
Copiright©Tom Vital/26/05/2012