segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O Sangue Do Poeta
O sangue do poeta
Não é azul da cor do mar
O sangue do poeta.
Não é verde, como os
Verdes mares bravios
Da terra do autor de Iracema.
O sangue do poeta é vermelho
Como seus rubros lábios
Meu amor!
O sangue do poeta
Também é liquido
Como o sangue de qualquer humano.

Em tempos de insânia geral
O sangue do poeta
Também pode ser derramado
Como o sangue de qualquer pessoa...
E só lhe resta cantar:
- Pela janela eu vejo
Trilhos e dormentes
Pela janela eu vejo
A paisagem coberta de neve
E salpicada de sangue dos meus irmãos.
Inocentes trucidados ferozmente...
Sou um judeu no trem da morte
A caminho de Auschwitz
Pela janela eu vejo
Trilhos e dormentes,
Sou um judeu no trem da morte
A caminho de Auschwitz.
Mas tenho fé que um dia
Os povos viverão em paz
Como se fossem irmãos
De bem com a vida...
Mas agora sou apenas um judeu
No trem da morte
A caminho de Auschwitz.
Copyright © Tom Vital/27/01/2014