sábado, 22 de julho de 2017

Desenho Infantil

Desenho infantil

Certos desenhos infantis de tão rupestres me remete
Aos nossos ancestrais mais antigos.
O homem das cavernas.
E chego a sentir o gosto de sangue na boca.
Gosto de carne crua, e fresca,
De feras recém abatidas.
E tenho a sensação de estar penetrando cavernas,
Onde nunca estive. Ou não me lembro de ter estado.
Outros de tão geniais faz lembrar a obra Juan Miró.
Hoje sexta-feira ao fim  de um longo  exaustivo e produtivo
Dia no laboratório de flotação de mais uma semana,
Estafante e árdua de trabalho.
Quase pisei o rosto de Emilia.
Emilia um desenho infantil e bem feito,
Molhado e estirado na passarela de pedestres,
Que leva a estação, São Judas Tadeu do Move Metropolitano
Na Avenida Cristiano Machado aqui em Belo horizonte.
Quinhentos metros de boa caminhada.
Eram dezenove horas e,
Caia um belo dilúvio.
E lá de cima o Pedrinho mandava seus estrondosos
E luminosos torpedos.
Sobre a terra que a tudo assistia medonha.
A noite estava clara qual noite de São João.
Iluminada por fogueiras e rojões.
E quase pisei o rosto de Emilia.
Que crime Cruel?
Emilia... Emilia a própria
A Emilia de Monteiro lobato.
E durante as quase duas horas  entre,
Baldeações três ônibus até chegar em casa.
Fiquei remoendo o pensamento.
Por não ter resgatado o desenho infantil.
Emilia, Emilia...
Emilia um belo desenho infantil
Que daria uma bela moldura
No porta retratos sobre a escrivaninha,
Do computador.
Desenhos infantis e seus mistérios
Meu Deus!
E não falei palavrão.
E não falei de sexo.
Copyright© Tom Vital/27/03/2015


quinta-feira, 20 de julho de 2017

Canção Da Amizade



Canção Da Amizade        
(Para Valèria Aparecida Castro Da Silva)                                                                                                
                                  
A flor da amizade                                                  
Brotou no meu caminho.
E aqui, e ali há uma flor,
Se Multiplicando a cada dia.
A cada instante.
Dando vida a minha fantasia.
A minha suposta realidade.

E os espinhos que até então
Unicamente trilhavam,
A minha triste existência.
Vão cedendo lugar
A uma flor...
A flor da amizade,
Mas só tenho medo.
É que um dia,
Esta flor se transforme
Se transforme,
Em flor da saudade.

Copyright©  Tom Vital/18/01/1984

domingo, 16 de julho de 2017

O Poeta A Musa E O Fauno

O Poeta A Musa E O Fauno

Venha Musa!
Venha de blusa amarela, encarnado ou azul.
Venha Musa!Venha Me beijar a bunda.
Nessa manhã de domingo.
Quero um poema fresquinho
Como esse vento frio de Julho.

Venha Musa! Volte pra mim.
Deixe de lado esse Fauno canastrão
Que a levou para bem longe.
Venha Musa! Volte para o leito
Do seu poeta Amigo.

Venha Musa! Venha me ajudar,
A tecer uma canção.
Bem feitinha.
Para despertar minha menina.
Que dorme. Nessa manhã de domingo

Copyright© Tom Vital/16/07/2017

sábado, 15 de julho de 2017

Zica

                  Zica
Aquela magistrada me deixou abestalhado.
Apesar do seu porte de matriarca dos Kennedys
Dos Fords, e outros picas grossas
Dos fins do século 19 e inicio
Do século 20.
E a despeito daquela
Bela píton branca enroscada em torno
Do seu pescoço.
Pronta para atacar quem dela se aproximasse,
Mais que o necessário.

Não sou muito disso não. Meu Chapa!
Acontece que uma minha,
Vizinha me acusou de agressão.
Na verdade. O que aconteceu
Foi que ela partiu para cima de mim
Com uma faca na mão.
Por causa de uma questão de nada...
Coisa boba discussão de condôminos
Para me defender apenas a empurrei de leve.
Mas a tonta caiu de bunda, e arranjou uma falsa
Testemunha,
Registrou um B.O. E o caso foi parar
No juizado de pequenas causas.
Assim que recebi a intimação, dei uma de Pablo Escobar
Parei minha vizinha na rua
E lhe disse, que se ela não
Parasse com aquela bobagem.
Eu a mataria e toda a sua família
Até a sétima geração.
Estava blefando é claro
Mas eu estava muito puto
Pois teria que perder um dia de trabalho
Para resolver problemas pessoais.
Em plena crise econômica, e as empresas
Demitindo a rodo.
Portanto perante a juíza
Ela resolveu retirar a queixa.
Assim sendo a Juíza a dispensou.
E mandou que eu esperasse um pouco.
Foi então que a sós com a juíza
Disse lhe que a minha vizinha era uma mentirosa
E arranjava briga com todo mundo.
A juíza me disse: Acho que a sua vizinha
Quer é ver a sua Identidade. Na posição eleitoral.
Meu Filho.
È ruim hem meritíssima! Respondi.
Ela então me disse sorrindo com um misto de safadeza
Nos lábios e no olhar: Juízo meu filho, juízo...
Você está dispensado!
E voltou para os seus autos.
Meu pau estava duro.
Na porta olhei de novo
Para ver se ela me acompanhava
Com o olhar, mas foi em vão.
Neca de pitibiriba!

Copyright© Tom Vital/01/05/2016


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