domingo, 15 de dezembro de 2013

Tom 48.8


TOM 48.8
Nem sempre o barato
É o marido da barata.
Ou um precinho de ocasião
No bazar da esquina.
Queime o seu demônio interior
Ou ele irá queimar você
Por inteiro e sem dó.
Tudo depende da intensidade
Da paixão
Da sensibilidade e do tesão.
E às vezes mais que tesão.
Fiquei Careta?
E não careca
Ou quem sabe
Fiquei Veterano?
E Não calvo...
Vou chegando aos cinqüenta
Cheio de disposição
Ainda amando o álcool
A poesia e as mulheres.
Mas os demônios são os mesmos.
Anjos como sempre poucos.
Sonhos sempre loucos
Mas quem não os tem?
Amigos ainda parcos...
Mas eu não calço quarenta e quatro
Meu pé é bem menor...
Nenhuma garota nunca, jamais
Reclamou do tamanho do meu Colt
E nem da potência do coice que ele dá.
Entre na fila se você quer me namorar
Entre na fila se você quer me conquistar
Tutti frutti, grapefruit ,grape-aplle, coca-cola
Rock and rôla... Vai que rola.
Mas o seu menino dona Adrenalina
Ainda dorme com a luz acesa,
Na parede o Cristo pregado
Para lhe proteger dos fantasmas
Que só vem com a escuridão total.
E aos pés da cama a caixa de fósforos
E outra de Velas Mariana
Alta Duração:
Caso falte a luz elétrica.
E para você meu camarada amigo
Sabe-tudo o que é melhor para mim.
Quando a morte vier, inoportuna,
Querendo me levar num momento
De felicidade extrema, alegria imensurável.
Pois é nessa hora que a danada
Da morte jardineira gosta de surgir.

Atiro-lhe na lata de chofre:
"Isola Chapa...! Passo a vez...
Ao meu camarada sabe-tudo!
E peço à Soberana, que debite o seu salário
Na minha conta corrente do futuro,
Pós-morte.
Dentro fora,fora dentro.
Pois  que a vida é apenas endosso para a morte.
E no mais eu não amo a vida
Eu amo viver a vida em toda a sua plenitude.
Copyright © Tom Vital/15/12/2013