Desacato A Autoridade
Alta madrugada
Quando voltava para casa
O poeta foi parado pela policia
Os canas já foram descendo do camburão
E jogando o poeta contra a parede
Chutando lhe a canela
E apalpando-lhe os testículos com voracidade
Quase que a esmagá-los
Nem sequer lhe pediram a identificação
Quando o poeta argumentou que era trabalhador
Um dos policiais verificando lhe a mão:
"Trabalhador? Com essa mão lisa. Mão de moça?
É que eu tenho calo é no cérebro - respondeu o poeta.
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E o poeta foi preso por desacato a autoridade.
Copyright © Tom Vital/29/04/2011
Desacato à dois jumentos isso sim. Sinto muito pelo poeta, na verdade não sinto, afinal na prisão ele fará suas melhores poesias, vendo o mundo de uma ótica mais esperançosa, desde que ele não se deixe abater pelas circunstâncias.
ResponderExcluirBelíssimo poema querido Tom.
a canalha se joga contra a arte, vestido de bestas, perdendo a noite, perdendo a vida, então reprimem.
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