O Canto Do Lobo
Em solteira
Minha mãe era candongueira
Cantadeira
Cirandeira
Cigarra trigueira
Com ela aprendi meu canto
Nem alegre
Nem triste
Talvez comedido
Mas não hermético.
Agora se a vida dá rasteira
Jogo capoeira
Dou uma voadora
Passo por sobre a cerca
Bato forte colocado,
E dou sorte;
E não tenho medo
De cara feia
De vizinho inquilino
Ou inimigo.
Sou de paz e amor
Bicho, companheiro!
E como o impávido e justo
Guerreiro, Jornalista José Jonusan
Que fez do jornalismo profissão de fé
Encaro de frente o bom combate
E não preciso beber cachaça com pólvora
(como fizeram os militares do Massacre de Ipatinga)
Para dar valentia e braveza.
Mas na vala comum
Da vida em que me encontro
Sou um lobo solitário
De pescoço em riste
Uivando para uma lua sempre ausente
E nenhuma estrela vadia
Vagueia pelo céu do meu oriente
Apenas a Regina de Fátima
Minha Estrela do Norte
Brilha pálida, pálida... Na minha Via Láctea.
Copyright₢tom vital/22/09/2002
Nossa! Da pra desmembrar em mais de um poema. Show!! Mas o fim e um pouco triste, seu lobo...
ResponderExcluirBastante pertinente o seu comentário.Não havia pensado nisso:Realmente dá para desmembrar em mais de um poema.Obrigado pela visita volte sempre!
ResponderExcluirNossa! Quando a gente lê pela segunda vez fica ainda mais bonito, Tom.
ResponderExcluirUm abraço
Obrigado amiga.De repente um poema antigo se torana atual.E a minha estrela do norte fica pálida de novo.
ResponderExcluirDigo:...Se torna atual...
ResponderExcluirBom dia, Tom. Muita intensidade em poucas linhas. Abraços.
ResponderExcluirValeu Obrigado,pela visita.
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