terça-feira, 1 de novembro de 2011

Intifada


Intifada
(Republicado devido à admissão da Palestina pela UNESCO)
(Quando um poeta se faz menino

(E abraça a Causa Palestina.)


 

Vou-me embora para a Palestina

Lá como aqui sou amigo de Yasser Arafat

Lá como aqui sou solidário ao Povo Palestino

Vou-me embora para a Palestina

Lá serei útil

Mas nem lá nem aqui nem em parte alguma

Serei anti-semita

Apenas simpático a causa palestina.


 

Vou-me embora para a Palestina

Lá como aqui sou irmão de Yasser Arafat

Lá como aqui sou solidário ao Povo Palestino

Israel deixe a Palestina em paz!

Chega de tanto sofrimento.

(Mas Israel não quer a paz...)

Vou-me embora para a palestina

Lá se guerreia em boa companhia

Vou-me embora para a Palestina

E levo comigo relíquias da infância

O meu velho bodoque e as bolinhas de gude

Multicores à guisa de munição,


 


 

Vou-me embora para a Palestina

Lá como aqui sou amigo de Yasser Arafat

Lá como aqui sou solidário ao povo palestino


 

Vou-me embora para a palestina

Lá como aqui serei terrorista suicida do amor

Lá como aqui serei terrorista suicida da paz.


 

Vou-me embora para a Palestina

E levo também comigo

Como único veículo

Para enfrentar os canhões e tanques israelenses

Outra belíssima relíquia de infância

Minha patinete de madeira com engate metálico

E rodinhas de rolimã.


 

Vou-me embora para a palestina

Lá tenho por professora

A mais bela palestina, que passa

O seu tempo a me ensinar aramaico

Para quando finalmente inventarem

A máquina do tempo, eu possa ir e assistir

Ao vivo, e entender as parábolas

Do divino mestre Jesus Cristinho.

Lá como aqui sou amigo de Yasser Arafat

Lá como aqui sou amigo do sofrido povo palestino.


 

Copyright Tom Vital/10/10/2000

3 comentários:

  1. vou me embora para minas,
    aqui em sampa trabalho até domingo, vestibular. aahrgg..

    vou me embora pra minas, tomar uma na casa do tom e pedir para ele deixar eu entrar debaixo do manto dessa professora de aramaico,

    áhhhh, lá sou amigo do tom e podemos dividir a professora, com aqueles olhos de beduina, que vislumbra o deserto e sob o manto negro, os seios arrepiados pelo vento passa sobre o jordão...

    abraços, meu velhoo

    ResponderExcluir
  2. Ah mas nã vai mesmo, pode ficar por aqui seu poeta aventureiro,sentiremos sua falta rsrsrs.

    Belo poema querido, claro que eu adorei o patineete de madeira né? rsrsrrs desse tipo só vi em filmes bem antigos hihihi.
    Parabéns, como sempre nos encanta.

    ResponderExcluir
  3. Vai. Mas não se demore muito na Palestina...sentiremos sua falta!
    Um abraço meu.

    ResponderExcluir