sábado, 7 de outubro de 2017

Cena De Cinema

 Cena de Cinema

Um famoso cineasta mineiro
Iria rodar um filme sobre o poeta Mississi.
A mais bela e mais famosa atriz global
Do momento, cobiçada por todos
Estava escalada para ser a delegada
Munik MIRA ADMIRAVEL
O maior affaire do poeta.
Para o protagonista
Precisavam de um poeta
Que não tivesse pinta de galã.
Desempregado sem perspectiva,
De arranjar um novo trampo
Inscrevi-me...
Por sorte fui escolhido para contracenar com a diva
De vinte e dois aninhos.
Teve uma cena de sexo a coisa esquentou além da conta,
E fizemos amor de verdade.
Daí a nove meses ela colocou no mundo um filho meu.
Meu primeiro rebento...

Houve um estrondo o forro de Madeira do meu banheiro.
Remendado com papelão e arame,
Enfim desabava, de pobre.
Fruto de um vazamento de vinte anos, vindo,
Do banheiro do insensato vizinho do segundo andar.
(que sempre fez ouvido de mercador para minhas suplicas...)
Um senhor de sessenta anos, que todos os domingos
Vai à igreja rezar em companhia de sua senhora.
Dona Lu Lu treme treme.
Ela sofre de alguma doença degenerativa que eu não sei precisar
E por isso foi maldosamente
Alcunhada pela sindica do meu prédio
Que não se dá bem com o casal
Como Lu Lu treme treme.
Como disse houve um estrondo.
Acordei... Estivera sonhando
E já eram dez horas de uma manhã de domingo.
A cabeça estourava. Teria que curar a ressaca,
E limpar a sujeira do banheiro.
Putzgrila...

Copyight©Tom Vital/13/08/2017



2 comentários:

  1. Uauuu!
    Me chamou demais a atenção estes versos: Houve um estrondo o forro de Madeira do meu banheiro.
    Remendado com papelão e arame,
    Enfim desabava, de pobre.

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