Caramujo À Moda Manoel De Barros
Passei a
olhar para o chão
Quando vi
um caramujo
Debaixo
da minha janela.
E nunca
mais pisei em cocô
De gente
cachorro ou gato.
É
triste.Pode parecer triste.
Mas eu não tive infância.
Uma
confissão:
Tudo o
que escrevo é mentira.
Um pneu
novo deixa marcas profundas
De frenagem
no asfalto.
Na lama o
liso também deixa.
No meu coração deixou Você...
Sou Analfa-info
desprovido de senso prático.
Manoel
inventou seu Pantanal
Eu
invento meu Bacanal.
Eu já encontrei a Ruiva Marina
Moça
fantasma de duas vulvas
Que perambula á noite
Pelo centro de Belo Horizonte.
Porém nesse dia eu estava
Pra lá de Bagdá...
Que perambula á noite
Pelo centro de Belo Horizonte.
Porém nesse dia eu estava
Pra lá de Bagdá...
Mas nunca a mulher de sete peitos.
Do poeta
pantaneiro
Para
fazer vaginação comigo.
Tudo que
não invento é Fausto.
Copyright©
Tom Vital/02/02/2020
Foto Autoral
Nenhum comentário:
Postar um comentário