domingo, 2 de fevereiro de 2020

Caramujo Á Moda Manoel De Barros


Caramujo À Moda Manoel De Barros

Passei a olhar para o chão
Quando vi um caramujo
Debaixo da minha janela.
E nunca mais pisei em cocô
De gente cachorro ou gato.

É triste.Pode parecer triste.
Mas eu não tive infância.
Uma confissão:
Tudo o que escrevo é mentira.

Um pneu novo deixa marcas profundas
De frenagem no asfalto.
Na lama o liso também deixa.
No meu coração deixou Você...

Sou Analfa-info desprovido de senso prático.
Manoel inventou seu Pantanal
Eu invento meu Bacanal.
Eu já encontrei a Ruiva Marina
Moça fantasma de duas vulvas
Que perambula á noite
Pelo centro de Belo Horizonte.
Porém nesse dia eu estava
Pra lá de Bagdá...
Mas nunca a mulher de sete peitos.
Do poeta pantaneiro
Para fazer vaginação comigo.

Tudo que não invento é Fausto.
Copyright© Tom Vital/02/02/2020

Foto Autoral


Nenhum comentário:

Postar um comentário