domingo, 8 de novembro de 2020

Jão

 Jão Para Élcia que pediu um poema para o Jão

Jão se foi
A família Silva
Está de luto.
Jão se foi,
Amanheceu duro e frio
Assim Élcia, sua cuidadora e dona o encontrou
Logo cedo, quando foi lhe dar ração.
Nunca mais ouviremos o latido de Jão
O balançar de rabo de jão.
Nunca mais as lambidas de Jão.
Jão se foi
Nunca mais a alegria de Jão
Quando Bruna for visitar os pais
Nunca mais o olhar meigo de jão
Quando Bruno chega de viagem.
Jão se foi
Nunca mais o saltitar álacre de Jão
Quando Rogério chega do trabalho
Jão se foi
Nunca mais a ansiedade de Jão
Para devorar a ração
Quando Élcia ia todas as manhãs
Trocar-lhe a água e servir-lhe
Uma boa porção de ração.
Jão se foi
Nunca mais Jão lindo e cheiroso,
E com a cara de inconformado
Com o banho.
Dura e amarga virada de página
Na vida da Família Silva.
A Família Silva amava e estimava
Jão um gorducho cãozinho vira-lata
Como um de seus entes mais queridos.
Jão...Jão...
Sempre saltitante sempre fiel
Atento e vigilante, com seu latido estridente
Dando sinal de tudo o que acontecia a volta da casa.
Jão se foi
Mas viverá para sempre na memória de todos
Como uma grata e boa lembrança
Na história da Família Silva.
Copyright© Tom Vital/07/11/2020

Foto: Jão

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