O Canto Do Lobo
Republicado para Sávio e Alexandre
Em solteira
Minha mãe era candongueira
Cantadeira
Cirandeira
Cigarra trigueira
Com ela aprendi meu canto
Nem alegre
Nem triste
Talvez comedido
Mas não hermético.
Agora se a vida dá rasteira
Jogo capoeira
Dou uma voadora
Passo por sobre a cerca
Bato forte colocado,
E dou sorte;
E não tenho medo
De cara feia
De vizinho inquilino
Ou inimigo.
Sou de paz e amor
Bicho, companheiro!
E como o impávido e justo
Guerreiro, Jornalista José Jonusan
Que fez do jornalismo profissão de fé
Encaro de frente o bom combate
E não preciso beber cachaça com pólvora
(como fizeram os militares do Massacre de Ipatinga)
Para dar valentia e braveza.
Mas na vala comum
Da vida em que me encontro
Sou um lobo solitário
De pescoço em riste
Uivando para uma lua sempre ausente
E nenhuma estrela vadia
Vagueia pelo céu do meu oriente
Apenas a Regina de Fátima
Minha Estrela do Norte
Brilha pálida, pálida... Na minha Via Láctea.
Copyright© tom vital/22/09/2202
Somo lobos solitários... Um dia seremos matilha em torno do churrasco!
ResponderExcluir...e com dentes engordurados e olhos arregalados diante de tanta maminha
ResponderExcluir'aprender um canto não hermético'
essa mãe é da matilha.o mundo deve ser aberto, sem cerca, sem sociedades secretas que tramam a favor dos poderosos, os destinos do mundo.
belo poema tom. mui bom. e agradeço a homenagem
Hihih licença para comentar nessa atmosfera tão particular que os tomou rsrsrs.
ResponderExcluirAmo tudo que você escreve Tom, e às vezes nem sei o que dizer, porque suas palavras calam as minhas e antes que eu possa me conter (e nunca quero) já me inunda de (genuína) inspiração.