terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Natal Verde E Amarelo 2001


Natal Verde E Amarelo 2001

 


 

Meu irmão, minha irmã
Bom dia, boa tarde, boa noite
O meu pão e a minha água
O meu sal, o meu cânhamo
E a minha esteira
Eu vos ofereço de boa vontade

 

Meu livro ainda não está no prelo
Com os seus pigmentos cinza
E os matizes do meu povo
O meu natal será verde e amarelo
Como quer o presidente sempre ausente.
E para o seu governo
Sou mais um na fila do seguro desemprego
Mas não me desespero não
Parodio o poeta romântico
Álvares de Azevedo
Nosso Byron de calças curtas
E digo de peito aberto:
Quem vive de poesia
Não tem miséria.

 


 

Uns comem salmão e tomam Don Pérignon
Mas arrotam gambá e cachaça
Outros comem frango à passarinha
E tomam tubaína guaraná
Mas arrotam caviar e vinho tinto
Eu por meu lado como pão e bebo água
Mas arroto dúvida e esperança.
O meu natal é verde e amarelo
A linha do equador
Passa pelo meu quarto
Mas no fundo eu nem ligo.
Abaixo do umbigo da Fatinha
É que eu encontro
O meu centro do universo.

 

Tenho gosto para a coisa
Se sou bom amante
Não sei lhe dizer
Mas sou carinhoso
E amante dedicado.
Rosa mexerica flor de lótus.
Também sou amante bilingue
beijo a rosa
e beijo a margarida.

 

Copyright© Tom Vital/13/12/2001

 


 


 


 

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