domingo, 11 de dezembro de 2011

BH Meu Amor


BH Meu Amor

 

Gôndolas singram o leito do Arrudas

Belo Horizonte é a minha Veneza

Não me digam que o Arrudas é impraticável

(A imaginação poética desconhece impossíveis)

Que a Lagoa da Pampulha é fétida

Vira-e-mexe seu espelho d'água está repleto de água-pé

E que as suas ilhas estão infestadas de onças

Capivaras e jacarés do papo amarelo


 

Belo Horizonte é a minha Florença

E a minha Roma

Belo Horizonte não tem praias

Mas Belo Horizonte é cercada por montanhas

E o dia que o mar se revoltar

E resolver invadir tudo

Belo Horizonte estará segura.

Salve... Salve... Os botecos!


 

Belo Horizonte é a minha casa

O meu berço, a minha pátria, a minha musa eterna

Belo Horizonte é uma adolescente de cem anos

Eu amo Belo Horizonte, seus bares, seu verde

Seu Galo, meu Galo, suas ruas, seus viadutos

Seus mendigos, seus prédios, suas favelas, seu cinza

Eu amo Belo Horizonte ingenuamente

Assim... Como se ama a primeira namorada


 

Belo Horizonte é a minha Londres

A minha Paris, a minha Moscou

A minha Madrid, a minha Sevilha

Só a minha Belo Horizonte

E a Nova York de Woody Allen

Possuem o dom cosmopolita

De serem todas as cidades do mundo.


 

Copyright© Tom Vital/07/01/1996

Tomvitalabsinto.blogspot.com


 


 


 

2 comentários:

  1. és um lobato, meu bróder. vês a fauna e a flora nas paredes de concreto. mui bueno, su poema.

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  2. Apaixonei pelo poema! Maravilhosíssimo amor por BH, que eu nem conheço...

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