Acídia
Há quase quatro lustros
Lúcia a professora de geografia
E colecionadora de emoções
Como ela se definia
Já dizia com todo acerto
Tentando em vão
Abrir-me os olhos:
"Meu filho
Gostando de literatura
Perseguindo a musa
Como você a persegue
Apaixonado por filosofia
Fissurado na loucura vã
De sozinho sem a orientação
De um iniciado na matéria
Digerir a Ética de Espinosa
"Dificilmente você será um bom químico."
Na atual conjuntura
Chego a pensar
Que a professora Lúcia
Tinha toda razão.
E em fremente estado de acídia
Saio às ruas da cidade grande
Minha Belo Horizonte querida.
Percorrendo feito barata tonta
Agências de emprego
Sine Not Agit e outras tantas
Em busca de uma oportunidade
De com honestidade dignidade
E o suor do próprio corpo
Ganhar o pão que mata a fome.
Mas ás vezes me desespero...
Por períodos que não passam
De milésimos de segundo
Nesses momentos não raros
De extremo desespero
De fremente acídia
De mim tenho medo...
(Mas Jesus me protege)
Pois tenho ímpeto de roubar
Não uma bicicleta
Como o desesperado personagem
Do clássico, de Vitorio de Sicca
Mas roubar isso sim
A burra de um banqueiro
Sionista ou não.
copyright© Tom Vital/18/01/2001
armado até os dentes de foda-se o resto,
ResponderExcluirestupraremos as portas dos cofres, mesmo guardos pelo crucifixo acima, invadiresmo, orque somos bárbaros, filhos dos campos de batalha.
lambermos os vãos das pernas das Valquírias e fortes como o vento do gelo, petrificaremos o mundo canibal dos sionistas, ou não...