sábado, 17 de setembro de 2011

Ode Ao Vinho


Ode Ao Vinho

"Quando bebo sou rei como um poeta"
Álvares De Azevedo
Poesia pode ser assim

Sem ponto

Sem vírgula

Tecida na ponta da língua

Após um bom trago de vinho

Sem regra

Nem métrica

Fluente sozinha

Molhada de vinho.


 

Após um bom trago de vinho

Também falo no dialeto bárbaro de Baco

É por isto que sempre tenho a mão

Como se fosse parte de mim

A garrafa de um bom vinho.


 

Quando fiz a primeira comunhão

Recebi a hóstia orvalhada de vinho

Ao contato primeiro

Com a hóstia molhada de vinho

Senti o gosto leve e suave

De um bom vinho

Humildemente passeado.


 

Desde então sempre sorvo

A pequenos ou a longos tragos

O sabor de um bom vinho

Sinto meu ser se completar

A alma tão leve

A mente suave

Simplesmente me sinto

Num êxtase total.

Copyright© Tom Vital/22/02/1983

2 comentários:

  1. tom, me permita em seu blog, postar um poema sobre o vinho, que escrivi há muito e faz parte do conjunto de poemas que chamaei 'passos de um homem vazio' e ao cantar do galo:

    .....
    meu doce irmão, sir Copo de Vinho, eu te louvo, pois tens a cor de meu sangue.
    É teu meu pensamento, junto ao desejo por vaginas angelicais.

    És a cor da bandeira da luta. Da batalha do justo.

    Meu doce irmão, sir Copo de Vinho, tornastes minha alma, tornastes o fogo desse beberrão.
    A explosão!
    Tudo de mim!

    Sou um bufão.
    O que sonha lamber donzelas.
    E, com o pensamento fermentado em crânio feito de carvalho, limparei o mundo todo das mazelas.

    Meu doce irmão, Sir Copo de Vinho, já não me basta somente ti.
    Preciso de toda família, na barriga da santa mãe, Lady Garrafa.

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  2. Gostei do seu texto e também do texto escrito por seu amigo. Ah! O vinho inebriante..., doce e suave veneno que eu já provei e por pouco ainda estou aqui.
    É difícil, eu sei quanto, se manter sóbrio. Pessoas como nós são todas descendentes de Bacco.
    Saudações, Tom Vital!

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